Já era quase noite naquele primeiro dia da semana, em que a morte fora vencida pelo Senhor da vida, a quem o livro do Apocalipse chama de O VIVENTE. Reunidos no Cenáculo, os Onze recordam os últimos acontecimentos : o Senhor aparecera a Simão e ao discípulo amado, há pouco haviam retornado aqueles dois que, desiludidos e decepcionados, tinham resolvido abandonar o grupo rumo a Emaús.
Neste instante, Cristo Ressuscitado aparece no meio deles e é tanta a alegria que lhes invade o coração que eles nem podiam acreditar naquilo que viam com os próprios olhos.
Para provar-lhes de que não se tratava de um fantasma, o Senhor lhes pergunta: tendes algo para comer? E comeu com eles... Este gesto comporta vários significados e interpretações: Jesus quereria mostrar que não se tratava de um fantasma, que sua ressurreição é algo concreto. Poderíamos interpretá-lo também numa chave eucarística, o banquete pascal por excelência. No entanto, não podemos nos esquecer da dimensão festiva, quotidiana. A Páscoa desemboca naquilo que há de mais natural, mais humano: comer juntos, festejar, transformando a convivência do dia a dia em celebração. Eles de fato tinham um grande motivo para celebrar!
As Jornadas Mundiais da Juventude surgem desse desejo: celebrar a fé. Sob o influxo do Concilio Vaticano II, os chamados Movimentos e Novas Comunidades, como os Focolarinos , Comunhão e Libertação, Comunidade de Santo Egidio, Neo Catecumenato, Beatitude, Renovação Carismática, entre outros, atraem multidões de jovens desejosos de encontrar respostas para suas inquietações interiores, e celebrar a fé comum. Os grandes encontros são uma marca destas comunidades. Em Loreto, Rímine, nas chamadas Mariápoles, percebe-se o desejo de celebrar juntos a beleza da fé. Naquele inesquecível Domingo de Ramos de 1994, no Jubileu da Juventude em Roma, uma multidão de jovens exprime um desejo ao Santo Padre: que esta experiência continuasse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário