sábado, 30 de junho de 2012

São Pedro e São Paulo



Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo de Guarabira(PB)
O dia 29 de junho é o dia da solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo, colunas da Igreja, que no Brasil é transferida para o domingo seguinte, quando esse dia ocorrer durante a semana, para que todos possam participar da celebração eucarística. O domingo é “Dia do Senhor ressuscitado”, do qual os apóstolos foram testemunhas qualificadas da ressurreição de Jesus Cristo; domingo também é dia de ouvir a Palavra de Deus e de celebrar a Eucaristia, transmitidas a todos pelos apóstolos, e de professar a fé que nos reúne na mesma Igreja fundada sobre o testemunho apostólico. Nesta solenidade, somos convidados a louvar a Deus pela vida e a missão de São Pedro e São Paulo. Duas figuras tão diferentes, que, no entanto se uniram no testemunho de Cristo até a morte. Pedro, o homem volúvel e frágil, mas ao mesmo tempo decidido, recebe uma atenção especial de Cristo. Homem corajoso, que confessa sua fé em Cristo, disposto a acompanhá-lo em sua paixão, caminha sobre as águas, quer defender o seu Mestre, mas ao mesmo tempo tão frágil a ponto de trair o seu Mestre, negando conhecê-lo, por três vezes.
Mas é sobre esta fragilidade fundamentada na fé que Cristo edifica sua Igreja. Paulo, homem zeloso, que passou de perseguidor da Igreja a apóstolo totalmente dedicado à pregação do Evangelho. Temperamento forte e difícil, mas cresce no amor de Cristo, a ponto de poder dizer: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”. A Solenidade de Pedro e Paulo nos dá ocasião para aprofundar o nosso amor à Igreja e a nossa missão aos povos. Em ambos vemos a nossa missão de discípulos missionários. Eles se doam totalmente à causa da Igreja. A esta mesma vocação somos todos chamados. Importa confiar no Senhor, buscando n’Ele a sua força. Então ainda hoje Deus há de intervir e guiar a Igreja. A nossa fé em Jesus Cristo passa pelos Apóstolos, passa pela Igreja. Cremos numa Igreja una, santa, católica e apostólica. Se Pedro é a coluna da unidade da Igreja e da comunhão na mesma fé, Paulo representa a dimensão missionária da Igreja, enviada para o meio dos povos para lhes comunicar sem cessar o Evangelho. “Ai de mim, se eu não evangelizar!”. Por ocasião desta Solenidade, celebramos o Dia do Papa. Unidos ao atual Sucessor de Pedro, o Papa Bento XVI, a exemplo dos primeiros cristãos que estavam unidos a Pedro, em oração, de modo especial, no momento em que ele mais sofria. “A Igreja rezava continuamente a Deus por ele” (At 12,5).
Nesse dia, também, somos convidados a permanecer unidos ao Santo Padre, rezando por ele. Como sinal de comunhão e de partilha, oferecemos, nas missas da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, o Óbolo de São Pedro, oferta a ser enviada ao Papa para atender às necessidades da Igreja no mundo inteiro. Em Roma, solenidade comemorada mesmo no dia 29 de junho, onde Pedro e Paulo deram a vida por Cristo e são patronos da cidade, o Papa entrega o pálio aos novos arcebisposdo mundo inteiro, isto é, um pano de lã branca confeccionado com a lã de cordeiros, adornado com seis cruzes e três cravos, símbolo da Paixão. O simbolismo da lã pura sobre os ombros recorda o Bom Pastor que leva as ovelhas consigo, e as cruzes bordadas em lã lembram as chagas de Cristo e sua Paixão salvadora. Revigoremos nossa vida cristã no testemunho no testemunho apostólico para realizarmos hoje a missão que Jesus confiou a eles e também a nós. Sigamos o exemplo destes dois Apóstolos que nos deram as primícias da fé.

domingo, 24 de junho de 2012

Acolhendo a Jornada

Deus faz graças, é este o significado do nome do grande santo cujo dia festajamos e que a liturgia nos faz celebrar mesmo ocorrendo no domingo, Dia do Senhor. Ao contrário dos santos, cuja festa ocorre no dia de sua morte (o dies natalis, dia do nascimento para o céu, como chamavam os antigos cristãos), São João Batista, cujo martírio também é celebrado a 29 de agosto, tem sua maior festa no dia do nascimento. A seis meses do Natal do Senhor, a Igreja nos convida a recordar aquele que anuncia o Sol nascente que nos vem visitar, e que proclamou em alto e bom som, em relação a Jesus: é preciso que Ele cresça e eu diminua.

Em sua providencia, Deus prepara o caminho real do Salvador da humanidade. Para vir até nós, Jesus, nascido de uma Virgem, quis precisar do homem, que é o maior entre os nascidos de mulher, cujo nome é sinal da benevolência de Deus, e que nos ensina que para receber o Deus Conosco necessitamos abrir-lhe o coração.

Como um exímio agricultor, o Pai do céu prepara a terra na qual será lançada a semente da vida, ensinando-nos assim, a também vivermos na vigilância, a preparar nossos corações, para que se cumpra em nós a obra do Deus vivo. De fato, Jesus era mais importante que João, mas sem a sua contribuição sua vinda à terra teria que seguir por outros caminhos. Com isso, João nos ensina a importância da vida de cada um de nós, a cumprir bem nossa missão neste mundo. Estamos há pouco mais de um ano para celebrarmos a Jornada Mundial da Juventude em nossa cidade, em nosso país. Certamente será um dos maiores momentos de evangelização que já tivemos na história do Brasil. Porém, sem a nossa contribuição a JMJ não será possível. Como João Batista, somos convidados a preparar a estrada real através da qual Jesus, presente nos milhares de jovens, virá até nós. Somos chamados a acolher os peregrinos, oferecer-nos como o Batista, nossa contribuição é imprescindível. Que este grande santo nos ajude a assumir esta missão.

São João

 
Com muita alegria, a Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista. Santo que, juntamente com a Santíssima Virgem Maria, é o único a ter o aniversário natalício recordado pela liturgia.

São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou o seu nome ao seu pai, Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho.

Estu
diosos mostram que possivelmente depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração. Pode-se chegar a essa conclusão a partir do texto de Mateus: "João usava um traje de pêlo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre".

O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência (por isso “Batista”). Como nos ensinam as Sagradas Escirturas: "Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo" (Mateus 3,11).

Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa.

São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse. Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes, acabando decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do irmão deste [Herodes], com a qual este vivia pecaminosamente.

O grande santo morreu na santidade e reconhecido pelo próprio Cristo: "Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João , o Batista" (Mateus 11,11).


São João Batista, rogai por nós!
 
fonte:http://www.facebook.com/#!/jornadamundialdajuventude

terça-feira, 19 de junho de 2012

O que é o Terço? Como rezá-Lo? Por que rezá-Lo?

Rezar o terço é uma forma de orar a Deus. Sabemos que Maria intercedeu junto à Jesus pelos noivos na Boda de Caná e apesar de Jesus Ter respondido “Mulher, ainda não chegou minha hora”, Maria insistiu e obteve de seu filho o primeiro milagre.

Podemos pedir durante as orações que Maria interceda junto a Jesus por nós, por um doente, necessitado...
O Terço é a terça parte do Rosário, que contém 150 Aves Maria. A cada dezena contemplamos um “Mistério”, uma passagem da vida de Jesus ou de Maria. O que é contemplar? – Significa ver com o coração, imaginar e amar o gesto e seu significado. Quando contemplamos o Anjo anunciando à Maria que Ela daria a luz a um Filho, imaginamos o quanto significou aquele “SIM”, o que o povo iria dizer, o que José iria pensar. Passamos, então, a pensar quantas vezes dizemos NÃO a Deus.
Para iniciarmos o terço rezamos o Credo, que significa que nós acreditamos em Deus, em Jesus, no Espírito Santo, na Igreja Católica, nos Santos, na vida eterna.
Depois, oramos um Pai Nosso e três Aves Marias, sendo a primeira em louvor ao Pai, a segunda ao Filho e a terceira ao Espírito Santo.
Oferecemos as orações que iremos começar e a partir daí iniciamos um a um os mistérios. Para cada um deles rezamos um Pai Nosso, dez Aves Marias e um Glória.
Ficou-se estipulado que todo o mundo estaria contemplando os mesmos mistérios todos os dias, assim, nas segundas e quartas contemplamos os Mistérios Gozosos, terças e sextas, os Mistérios Dolorosos. E nas quintas, sábados e domingos contemplamos os Mistérios Gloriosos.
No final reza-se uma Salve Rainha. O terço é uma oração bíblica: o Pai-nosso é a oração que Jesus nos ensinou. A Ave-Maria foi ensinada por Deus pelo anjo Gabriel e pelo Espírito Santo através da boca de Isabel.
No terço contemplamos e meditamos os momentos mais importantes da vida de Jesus: Nos mistérios da alegria, passeie por Belém e Nazaré.
Participe da vida de Jesus, Maria e José. Aproveite para rezar pelas pessoas da sua família. Agradeça as alegrias que você está vivendo.
Ao rezar os mistérios da dor, siga os passos de Jesus até a cruz. Lembre as pessoas que estão sofrendo. Reze pelos doentes que você conhece. Coloque diante de Deus aquela pessoa que está passando por dificuldades. E, é claro, você também deve ter suas dores, desafios, sofrimentos... coloque-se em união com o Cristo, que teve coragem de dar a vida por amor.
Finalmente, você rezará os mistérios da esperança. Junto com Jesus e Maria, você irá sonhar o sonho de Deus: a vida venceu! Olhe para esta luz e acredite que você está caminhando para lá. A vida eterna é a grande notícia que Cristo nos deixou. Ao rezar-mos o terço com fé, esperança e amor, vivemos o céu por antecipação.
fonte: http://grupobase.tripod.com/formac/oterco.htm 
 

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Jornadas, testemunho de fé

Quem de nós já não se deparou com rebeldes sem causa, que nos tomam de assalto, questionando e criticando a nossa fé, nossa igreja, cheios de perguntas mas, que, no fundo, não querem ouvir nenhuma resposta? Também Jesus, com profundo desgosto, conheceu esta realidade. Tomados pelo preconceito, diziam que Ele estava fora de si, acusando-o de louco, e por mais que suas obras falassem por si mesmas, não queriam ver. Chegaram a atribuir os milagres que realizava, pelo poder do Espírito Santo, a belzebu. Estavam fechados pelo egoísmo, pelo ódio. Essa rejeição levou Jesus a indicar, com o profundo desgosto, o pecado contra o Espírito Santo, que é a atitude de quem rejeita o perdão, de quem se nega a arrepender-se, que rechaça a mudança de vida, que se fecha à conversão. É um não a Deus, pronunciado lúcida e obstinadamente; não uma ação pecaminosa isolada, mas um permanente estado de rebelião, cegueira voluntária, de quem refuta a salvação. "Deus que te criou sem ti, não pode te salvar sem ti" dizia Santo Agostinho.

Em nossos dias, a mesma realidade. Quantos fatos evidenciam a verdade da fé cristã: em Lourdes, e em tantos santuários, quantas curas! Na vida dos santos, como Padre Pio, São João Maria Vianney fatos incontestáveis ocorridos ainda enquanto viviam e, em cada santo canonizado ou beatificado, quantos milagres! São realidades incontestáveis inclusive pela ciência. Mesmo assim, existem muitos que, sem nada ter examinado, dizem que é mentira, que não acreditam, que se trata de histerismo ou alucinação coletiva.

Também as Jornadas da Juventude encontraram críticos ferrenhos. Já em Buenos Aires, em 1987, encontraram resistência governamental. Em Paris, em 1997, os críticos de plantão pressagiavam que seria um fracasso, que não passariam de 30 mil os participantes. Logo na missa de abertura havia 300.000 jovens, e o número não parou de crescer, chegando a mais de 1 milhão de jovens, obrigando os mesmos veículos de comunicação a reconhecer, estupefatos, o enorme sucesso. Era comovente ouvir os jovens, em coro, dizer ao ancião e alquebrado João Paulo II: Santo Padre, você é nossa juventude!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

CORPUS CHRISTI

O nome vem do latim e significa Corpo de Cristo. A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia - o sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.


Acontece numa quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue.


"O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.


Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida.


O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 55 - 59).


Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.


A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o papa Urbano IV através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a Santo Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.


Compôs o hino Lauda Sion Salvatorem (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes. A procissão com a hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.


No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.


A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio corpo de Cristo.


Durante a missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Origem da festa de Corpus Christi


Todos os católicos reconhecem o valor da Eucaristia. Podemos encontrar vários testemunhos da crença da real presença de Jesus no Pão e no Vinho consagrados na Santa Missa desde os primórdios da Igreja.

Mas, certa vez, no século VIII, na freguesia de Lanciano (Itália), um dos monges de São Basílio foi tomado de grande descrença e duvidou da presença de Cristo na Eucaristia. Para seu espanto, e para benefício de toda a humanidade, na mesma hora a Hóstia consagrada transformou-se em Carne e o Vinho consagrado transformou-se em Sangue. Esse milagre tornou-se objeto de muitas pesquisas e estudos nos séculos seguintes, mas o estudo mais sério foi feito em nossa era, entre 1970/71, e revelou ao mundo resultados impressionantes:

A Carne e o Sangue continuam frescos e incorruptos, como se tivessem sido recolhidos no presente dia, apesar dos doze séculos transcorridos. O Sangue encontra-se coagulado externamente em cinco partes; internamente ele continua líquido. Cada porção coagulada de sangue possui tamanhos diferentes, mas todas possuem exatamente o mesmo peso, não importando se pesadas juntas, combinadas ou separadas. São Carne e Sangue humanos, ambos do grupo sanguíneo AB, raro na população do mundo, mas característico de 95% dos judeus. Todas as células e glóbulos continuam vivos. A Carne pertence ao miocárdio, que se encontra no coração (e este órgão sempre foi símbolo de amor!).


Mesmo com esse milagre, entre os séculos IX e XIII surgiram grandes controvérsias sobre a presença real de Cristo na Eucaristia. Alguns afirmavam que a ceia se tratava apenas de um memorial que simbolizava a presença de Cristo. Foi somente em junho de 1246 que a festa de Corpus Christi foi instituída, após vários apelos de Santa Juliana, cujas visões solicitavam a instituição de uma festa em honra ao Santíssimo Sacramento. Em outubro de 1264 o Papa Urbano IV estendeu a solenidade para toda a Igreja. Nessa celebração religiosa, o maior dos sacramentos deixados à Igreja mostra a sua realidade: a Redenção.

A Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo por nós. Mesmo separando Seu Corpo e Seu Sangue, Jesus se conserva por inteiro em cada uma das espécies. É pela Eucaristia, especialmente pelo Pão, sinal do alimento que fortifica a alma, que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Cristo e, por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo. Essa antecipação da vida divina aqui, na Terra, mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade.

O centro da Celebração Eucarística será sempre a Eucaristia e, por ela, o melhor e o mais eficaz meio de participação no divino ofício. Aumentando a nossa devoção ao Corpo e Sangue de Jesus, como Ele próprio estabeleceu, alcançaremos mais facilmente os frutos da Redenção!

domingo, 3 de junho de 2012

Jovens de todo o mundo, um só coração

Deus é um mistério e permanecerá sempre um mistério para nós. Um mistério não é um muro, mas um horizonte, dizia Saint Éxupery. De fato, um muro nos bloqueia, nos limita, impedindo-nos a passagem, a comunicação, ao passo que o horizonte nos aponta para o que está além, fazendo-nos intuir aquilo que nos supera.

Só Deus pode nos dizer quem Ele é, só Ele pode se revelar. Foi isso que fez Jesus Cristo, foi essa a sua missão. De fato, é este o sentido da palavra revelação: tirar o véu, comunicar aos seres humanos a intimidade de Deus à qual jamais poderíamos conhecer se Deus mesmo não quisesse revelar. Como em Jesus há uma profunda conexão entre palavra e vida, Ele nos revelou este mistério através de suas palavras e de seus atos. O Deus que Jesus nos revela é um Deus que é Amor, um Deus que é Trindade. Ele que havia prometido: "Não vos deixarei órfãos, vou enviar-lhes o Espírito da verdade", no momento de sua Ascenção deixa-nos uma ordem: "Ide pelo mundo inteiro, pregai o Evangelho a todos povos... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo." ...Ao mesmo tempo, com sua entrega total, manifesta-nos em sua encarnação, morte e ressureição, um amor que supera toda realidade humana ,um amor mais forte do que a morte.

Madre Teresa de Calcutá contava que, certa vez, um muçulmano observava com Padre Gabric uma irmã de sua ordem que com tanto amor fazia curativos em um leproso. A irmã nada falava, mas manifestava profunda caridade com seus gestos. Então o muçulmano se voltou para o padre e lhe disse: Em toda a minha vida acreditava que Jesus fosse apenas um profeta, mas hoje olhando o amor que colocou nesta irmã, entendi que Ele é Deus.

Hoje, o santo Padre encerra o VII Encontro Mundial das Famílias com o Papa, que se celebra na cidade de Milão, Itália. Espontaneamente, vem á nossa mente o inesquecível III Encontro, realizado em 1997, no Rio de Janeiro, dez anos depois da primeira Jornada Mundial da Juventude realizada fora de Roma, em Buenos Aires, onde participaram mais de 1 milhão de jovens, número que superou todas as expectativas. Rezemos pelas famílias, rezemos pelos nossos jovens cuja voz se levantava no continente latino americano: Um novo sol se levanta sobre a nova civilização que nascerá, uma corrente mais forte que a guerra, que a morte: nós sabemos, o caminho é o Amor!