terça-feira, 28 de agosto de 2012

Mesmo em meio ao sofrimento, devemos levar o sorriso e o amor

Por Cris Henrique – Missionária da Comunidade Canção Nova na Terra Santa
Fotos Focolares Terra SantaJerusalém, Terra Santa, Israel. Aqui, as “pedras vivas” testemunham um amor concreto a Cristo, trabalhando em prol dos que mais necessitam.
Hoje, o portal Canção Nova teve a oportunidade de entrevistar Corres Kwa, natural da Coreia do Sul e pertencente ao Movimento Focolarino, fundado por Chiara Lubic, há 26 anos, dos quais 14 foram vividos na Terra Santa.
“Nasci numa família cristã, mas não praticante. Na Coreia, o Cristianismo não é vivido em sua plenitude.”
Os pais de Corres Kwa foram batizados depois que se casaram, e a missionária quando tinha 6 anos de idade.
No país, os católicos romanos representam somente 10% da população local. É importante ressaltar que a religião dominante na Coreia do Sul é a fé budista tradicional, porém, nas últimas décadas, houve um crescimento considerável de denominações cristãs.
“Na adolescência, eu buscava algo ao qual eu pudesse me entregar plenamente. Acredito que todo adolescente acaba vivendo um pouco disso. Eu tinha uma amiga budista e pedi que ela me levasse ao Templo. Chegando lá, vi os jovens rezando e inclinando a cabeça em frente a uma Estátua de Buda, foi quando me percebi rezando o Pai-Nosso sozinha. Eu era a única pessoa que rezava de forma diferente.”
Após esse experiência, Corres foi a um encontro de jovens cristãos. “Naquele dia, toquei na presença de Deus com minhas mãos. No final daquele encontro, meu coração pulsava de alegria, na certeza de que Ele me amava. Foi uma linda descoberta!”
Esse foi o primeiro passo para a entrega total aos Focolares. “Para mim, a vida consagrada é portar a presença de Deus em tudo o que vivo, seja fazendo bem o meu trabalho ou observando as necessidades dos outros e indo de encontro deles”.
Ela conta de sua experiência na Faixa de Gaza, lugar em que esteve, duas vezes, para ser presença em meio à minoria cristã que vive lá.
Toda a população daquela região soma um milhão e meio, porém o número de cristãos é de 3 mil entre católicos, ortodoxos e protestantes.
“Quando cheguei, fiquei chocada com a pobreza e o lixo pelas ruas. Os cristãos vivem unidos, fazem tudo juntos, porque são poucos, mas se sentem abandonados, porque não podem sair. Quando nós vamos ao encontro deles, a alegria que sentem é imensa, querem fazer de tudo para nos acolher.”

Como a fronteira da cidade é fechada, os que ali vivem acabam não recebendo tantas visitas assim. “Poucos vão ao seu encontro. Quando estou lá, não tenho tempo para descansar, porque visitamos doentes, famílias, rezamos com os jovens. É uma missão intensa.”
A jovem missionária nos conta um fato que, cada vez mais, se torna evidente nas regiões como Gaza: “Um jovem, empenhado na Igreja Católica, tornou-se muçulmano recentemente. Isso causou dor aos cristãos locais e a nós também, pois há uma luta perseverante para manter viva a fé cristã. Eles não tem trabalho, não tem diversão; eles têm medo”.
É importante ressaltar, no entanto, a presença da Igreja na Terra Santa, pois ela tem um trabalho incansável com os que habitam esta terra. “Os jovens estudam, mas não têm trabalho, também os adultos não trabalham. O trabalho realiza a pessoa, dignifica o homem, mas eles não têm acesso a isso. É um situação muito difícil. É um desafio. Fica ainda a questão: Como ajudar esses cristãos?”.
Ela encerra a entrevista nos deixando um pensamento de sua fundadora: “Chiara tinha um grande desejo: a unidade. Trabalhou muito para isso. Ela dizia que ‘para se chegar à unidade é preciso que façamos o mundo sorrir’.”
“Mesmo em meio a tanto sofrimento, devemos levar o sorriso e o amor às pessoas. Encontrando a verdadeira felicidade, que é Cristo, podemos dar ao próximo a felicidade também.”
Confira um dos trabalhos realizados pelo focolares junto aos jovens da Terra Santa.
 

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